segunda-feira, 10 de maio de 2010

Super-Heróis e Romantismo

Chamar uma imagem dessas de romântica talvez, a princípio, não pareça idéia séria. A moça tem cara de tudo, menos romântica. Mas mantenho que a concepção da imagem o é. Por isso mesmo estou fazendo esse post de hoje. Antes de discutir, quero localizar a danada. Como se pode ver, a Mercy não é uma super-heroína. O que não fica claro olhando essa imagem é que a moça é uma caça vampiros. Mas ela tem, como os super-heróis em geral,  marca gráfica bem  clara e própria, algo que a torna bem reconhecível, quase um dístico. Estou falando da sua tatuagem sexy. Tanto quanto um escudo de super-herói , tem um design preciso, algo que a torna reconhecível de imediato, a cada quadro. Mesmo que seja mais discreto(será que é de propósito?) As pessoas nessas hqs super-inspiradas são o mais perfeitas e reconhecíveis possível. Ainda que se possa fazer isso de dentro de uma fantasia espalhafatosa ou de dentro de uma aparência mais discreta, como a dessa moça. Hoje já não existem os problemas gráficos que levaram a essas  atitudes por parte de desenhistas e editoras. Mas nos EUA, muito personagem se torna marcante assim .
 Esse gibi é de 2008, e surfa na onda vampírica que, eu acho, ainda rola, apesar dos zumbis (não só os da Marvel)  mandarem bem. O texto é de Patricia Briggs e David Lawrence. A arte, colorida e pintada, (nem que no photoshop), de Francis Tsai.  Dentro do gibi , a gente descobre que Mercy é protagonista de alguns romances da mesma Patricia e essa hq  é um spin-off: uma minissérie que aterrissou na minha mão agora, e serve como  luva pra continuar a conversa de realismo e romantismo.
A editora, eu não conhecia, é uma nova, Dabel Brothers. O mercado americano é grande mesmo, mas instável. Ainda existirá? Esse primeiro número já pressupõe algum conhecimento da personagem. Talvez já nem seja a primeira hq. O gibi vem cheio de anúncios de gibis de fantasia adaptados de romances idem, mas eu não conheço nenhum. O Francis Tsai,  que eu também não conhecia, faz um serviço competente, como se pode ver, na linha  "quase mangá-mas-um-pouco-Bill-Sienkiewicz", que muitas vezes rola quando se sabe que o gibi vai ser bem impresso. Porque é que eu digo, e mantenho, que essa imagem é romântica? Bem, a personagem conserta automóveis. E  tem esse físico? Talvez eu esteja sendo bobo, mas a imagem sugere mais uma cantora pop. É só trocar a ferramenta na mão dela por um microfone. Aí ela ia ficar lembrando uma dessas mais folk muderno... Acho que a imagem de capa seria mais realista se ela assumisse que está cantando. Ou treinando?. É nesse alcance imediato que eu chamo de romantismo. Nessa idealização.A altura tem que ser grande, pra queda valer a pena. Não tem nem uma gota de suor, nem de graxa, na "mecãnica"? Todo mundo, na maioria das atuais hqs de aventura, é  sempre o mais bonito possível. Sim , alguns são o mais feio possível ( Dorian Grey é romantismo as well). Eu gosto , sem dúvida.. É uma solução, ou todo um tipo de soluções, que ajuda a realizar boas hqs, com apelo. Essa  da Mercy tem a rapidez de leitura que as hqs modernas super-heróis hoje têm, seu ritmo sem trégua.Tudo bem. Dá certo. Mas nem isso nem o romantismo da apresentação da personagem são o único modo que existe, para se realizar excelemtes hqs aventurosas. Diversos encontros do traço de humor com a hq romântica (no sentido exposto e em mais alguns) rendem , por exemplo, realismo também. A gente continua a conversar sobre isso! No próximo post, mais Mercy Thompson, que por dentro quase não é romântica! Evoé! Continua, no próximo e emocionante episódio!!

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